
LUZES ACESASAntes de voltar para a garagem, Nardoni disse ter deixado as luzes dos abajures do quarto de hóspedes e dos meninos acesas. A porta da sala também foi trancada. Quando os policiais entraram no apartamento, porém, encontraram aceso apenas o abajur do quarto dos meninos. O de Isabella estava apagado. Também não encontraram sinais de arrombamento. Até ontem, o casal não havia dado falta de nenhum objeto.Na delegacia, Nardoni contou aos policiais que havia se desentendido com funcionário da construtora do edifício há poucos dias. Ontem, porém, o proprietário da construtora Terral Atlântica, André Montes Lopez, negou que algum funcionário ou proprietário da empresa tenha se desentendido com Nardoni. Lopez informou que vendeu, por meio de uma corretora de imóveis, dois apartamentos ao pai de Alexandre, o advogado Antonio Nardoni, dia 17 de setembro. As chaves das duas unidades foram entregues no mesmo dia. Lopez não soube dizer se as fechaduras foram trocadas.O apartamento número 62 ficou para o filho Alexandre e o 63 para a irmã dele. Cada um foi vendido por cerca de R$ 250 mil. “Estamos indignados. Isso é mentira. Toda a operação de compra e venda ocorreu com o avô da criança. Nunca tivemos contato pessoal nem por telefone com o Alexandre”, explicou. O sócio da construtora explicou que é comum os condôminos contratarem pedreiros e pintores da empresa informalmente. “O apartamento é entregue pronto, mas sem o piso da sala. As reformas acontecem logo após a entrega das chaves”, acrescentou.O instalador de antenas Misael dos Reis Santos, de 31 anos, que prestava serviços no Edifício London, depôs ontem. Ele confirmou que, há 30 dias, foi ao prédio fazer manutenção na parabólica do apartamento 52. Para fazer o serviço, porém, Santos precisava subir no apartamento 62, onde vive Nardoni. “Eu e a moradora do 52 pedimos autorização, mas ele negou. Nisso, houve uma discussão.” Segundo o delegado Calixto Calil Filho, titular do 9º Distrito, essa discussão teria sido um pouco “áspera”. Mas, para Santos, não foi nada que os tornasse inimigos mortais. A polícia requisitou o exame de DNA nos vestígios de sangue encontrados no lençol, na tela da janela e no corredor.
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